Claro que sim. Considero que um partido com as características e os objectivos do PCP só sobrevive e cresce com a prática do centralismo democrático aliada a uma forte vigilância revolucionária. Meses e meses de discussão em milhares de locais e células, onde cada um diz o que pensa, sugere nomes, onde se avaliam as propostas do CC. O resultado do que é apresentado em congresso é o sumo dessas muitas propostas. A apresentação de listas alternativas é um ultraje a esta riqueza. Para que serve? Para abrir brechas num partido de classe que se quer coeso e vivendo do contributo e trabalho de todos? Em que é que a apresentação de uma lista alternativa beneficia o esforço de se encontrar clectivamente a melhor orientação e a melhor direcção? Claro que estou no PCP. É a única organização que serve os meus interesses de classe. Faz parte de mim. É-me vital, como o coração ou os pulmões; preciso dele para viver.
sim, isso até compreendo mas acho ke "valores mais altos se alevantam", o partido não é propriedade privada. agora sou do PH, parece-me mais fácil transformá-lo num grande partido como o PC do ke renovar o PC.
O partido é propriedade privada sim. É um instrumento daqueles que nele militam e que aceitam livremente o seu modo de funcionamento. Para que queres transformar o PH num grande partido como o PCP, se já existe o PCP? Se o PCP com os seus objectivos transformadores e de liquidação do capitalismo sobrevive e até cresce é porque tem esse modo de funcionamento que valoriza a discussão, a concertação e a disciplina, ou seja; mantém a coesão. Que valores mais altos existem?
O partido é propriedade privada sim. É um instrumento daqueles que nele militam e que aceitam livremente o seu modo de funcionamento.
não é livremente... a liberdade é muito mais...
Para que queres transformar o PH num grande partido como o PCP, se já existe o PCP?
referia-me à dimensão.
Se o PCP com os seus objectivos transformadores e de liquidação do capitalismo sobrevive e até cresce é porque tem esse modo de funcionamento que valoriza a discussão, a concertação e a disciplina, ou seja; mantém a coesão.
Não é livremente? Então a participação num partido político não é uma opção tomada livremente? Foste coagida/o a entrar para o PCP ou para o PH? E qual é o objectivo do PH? A liberdade pode ser entendida de vários modos. Eu entendo que a minha liberdade é maior em colectivo.
A este propósito lembro-me sempre de um poema de Neruda, "A MI PARTIDO": "(...) Me has dado la libertad que no tiene el solitario. (...)"
E também considero que há outros valores tão importantes como a liberdade; a dignidade e a fraternidade por exemplo. "(...) Me has hecho indestructible porque contigo no termino en mí mismo."
entrar é uma opção livre mas lá por se ter entrado não se tem que fazer ou aceitar tudo... as palavras do neruda são muito bonitas mas poderiam ter sido proferidas por um membro de um gang... um partido não pode ser apenas um escape à solidão, ou um conjunto de pessoas, tem ke ter uma direcção. já agora, não se é digno sozinho?
Quando pertences a um grupo e há qualquer decisão que o grupo tomou e com a qual não concordas, das duas uma: ou a decisão não choca com os teus princípios e tu aceitas a decisão da maioria e continuas no grup, ou choca e aí tu sais. Todas essas opções são tomadas em liberdade. Não se trata de escape à solidão. O que eu penso é que a liberdade não se anula por pertencermos a uma organização com regras e disciplina de funcionamento. Pelo contrário, acho que podemos ampliar essa liberdade. O escutar os outros, aceitar que podemos estar errados, decidir conjuntamente, construir qualquer coisa com o contributo de todos é uma liberdade muito maior do que aquela que não é partilhada. É a isto que o Neruda se refere. Não sei como funcionam os gangs, mas penso que há muito de intimidação e coacção e muito de relações tipo feudais. Julgo que não se aplica aí,de forma nenhuma, o poema de Neruda. E sim, é evidente que se pode ser digno sozinho. Eu só referi a dignidade porque acho que a liberdade não é um valor mais importante do que outros. Podia ter referido a solidariedade ou a amizade por exemplo.
nunca te chocou nenhuma decisão ou atitude dos membros do comité central ao ponto de saíres ou não queres admitir que isso já possa ter acontecido? eu, se calhar tornei-me demasiado sensível ou até picuinhas. até o facto do Jerónimo dizer que o debate entre cavaco e o pseudo-poeta devia ser mais acutilante (não sei se a palavra deriva de cutelo) me deixa algo transtornado.
19 comentários:
tás bem.
tb há mão de fotógrafo, não há?
são todas fotos tiradas com a webcam. Depois regulei o contraste e a luz, e em alguns casos a cor, no photoshop e apliquei filtros.
ena!
um talento escondido?
Irene, a bela
Ass. Feoso
pk passas tanto tempo em frente ao pc?
Infelizmente sim. Mas o grande problema é a falta de produtividade.
:) porkê?
vegetas ou falta de imaginação?
distraio-me, vegeto, bloqueio, etc.
ainda te consegues manter no partido?
para mim, a última gota foi no congresso, com a proíbição de apresentar uma lista alternativa.
Claro que sim.
Considero que um partido com as características e os objectivos do PCP só sobrevive e cresce com a prática do centralismo democrático aliada a uma forte vigilância revolucionária.
Meses e meses de discussão em milhares de locais e células, onde cada um diz o que pensa, sugere nomes, onde se avaliam as propostas do CC. O resultado do que é apresentado em congresso é o sumo dessas muitas propostas.
A apresentação de listas alternativas é um ultraje a esta riqueza. Para que serve? Para abrir brechas num partido de classe que se quer coeso e vivendo do contributo e trabalho de todos? Em que é que a apresentação de uma lista alternativa beneficia o esforço de se encontrar clectivamente a melhor orientação e a melhor direcção?
Claro que estou no PCP. É a única organização que serve os meus interesses de classe.
Faz parte de mim. É-me vital, como o coração ou os pulmões; preciso dele para viver.
sim, isso até compreendo mas acho ke "valores mais altos se alevantam", o partido não é propriedade privada.
agora sou do PH, parece-me mais fácil transformá-lo num grande partido como o PC do ke renovar o PC.
O partido é propriedade privada sim. É um instrumento daqueles que nele militam e que aceitam livremente o seu modo de funcionamento.
Para que queres transformar o PH num grande partido como o PCP, se já existe o PCP?
Se o PCP com os seus objectivos transformadores e de liquidação do capitalismo sobrevive e até cresce é porque tem esse modo de funcionamento que valoriza a discussão, a concertação e a disciplina, ou seja; mantém a coesão.
Que valores mais altos existem?
O partido é propriedade privada sim. É um instrumento daqueles que nele militam e que aceitam livremente o seu modo de funcionamento.
não é livremente... a liberdade é muito mais...
Para que queres transformar o PH num grande partido como o PCP, se já existe o PCP?
referia-me à dimensão.
Se o PCP com os seus objectivos transformadores e de liquidação do capitalismo sobrevive e até cresce é porque tem esse modo de funcionamento que valoriza a discussão, a concertação e a disciplina, ou seja; mantém a coesão.
mais ambição, crescer mais e mais..
Que valores mais altos existem?
a liberdade total.
eskeci-me das "", desculpa.
Não é livremente? Então a participação num partido político não é uma opção tomada livremente? Foste coagida/o a entrar para o PCP ou para o PH?
E qual é o objectivo do PH?
A liberdade pode ser entendida de vários modos. Eu entendo que a minha liberdade é maior em colectivo.
A este propósito lembro-me sempre de um poema de Neruda, "A MI PARTIDO":
"(...)
Me has dado la libertad que no tiene el solitario.
(...)"
E também considero que há outros valores tão importantes como a liberdade; a dignidade e a fraternidade por exemplo.
"(...)
Me has hecho indestructible porque contigo no termino en mí mismo."
entrar é uma opção livre mas lá por se ter entrado não se tem que fazer ou aceitar tudo...
as palavras do neruda são muito bonitas mas poderiam ter sido proferidas por um membro de um gang... um partido não pode ser apenas um escape à solidão, ou um conjunto de pessoas, tem ke ter uma direcção.
já agora, não se é digno sozinho?
Quando pertences a um grupo e há qualquer decisão que o grupo tomou e com a qual não concordas, das duas uma: ou a decisão não choca com os teus princípios e tu aceitas a decisão da maioria e continuas no grup, ou choca e aí tu sais. Todas essas opções são tomadas em liberdade.
Não se trata de escape à solidão. O que eu penso é que a liberdade não se anula por pertencermos a uma organização com regras e disciplina de funcionamento. Pelo contrário, acho que podemos ampliar essa liberdade. O escutar os outros, aceitar que podemos estar errados, decidir conjuntamente, construir qualquer coisa com o contributo de todos é uma liberdade muito maior do que aquela que não é partilhada. É a isto que o Neruda se refere.
Não sei como funcionam os gangs, mas penso que há muito de intimidação e coacção e muito de relações tipo feudais.
Julgo que não se aplica aí,de forma nenhuma, o poema de Neruda.
E sim, é evidente que se pode ser digno sozinho.
Eu só referi a dignidade porque acho que a liberdade não é um valor mais importante do que outros. Podia ter referido a solidariedade ou a amizade por exemplo.
nunca te chocou nenhuma decisão ou atitude dos membros do comité central ao ponto de saíres ou não queres admitir que isso já possa ter acontecido?
eu, se calhar tornei-me demasiado sensível ou até picuinhas. até o facto do Jerónimo dizer que o debate entre cavaco e o pseudo-poeta devia ser mais acutilante (não sei se a palavra deriva de cutelo) me deixa algo transtornado.
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